Muitos jovens queixam-se que o investimento que fazem numa formação tanto a nível de curso ou académico não trás retorno em Portugal. Entre os muitos jovens que saem de Portugal para trabalhar no exterior, 70% desses jovens ganham abaixo de 1000 euros mesmo com cursos universitários. Esses mesmos jovens no exterior conseguem salários equivalentes ou superiores a 3000 mil euros, mais de 50% dos emigrantes envolvidos neste estudo conseguiu salários a dobrar do que ganhariam em Portugal e 26% conseguiu de 3000 mil euros para cima.
Outro factor é a progressão no trabalho, muitos queixam-se que não existe em Portugal, e acabam por ficar na posição em que entraram sem poder evoluir a juntar isso, a estabilidade de emprego que têm no estrangeiro superior aos empregos em Portugal.
Um dos envolvidos neste estudo, João Teixeira Lopes, lamenta a situação, ainda partilha a sua opinião dizendo que acha a atitude sensata e racional, mas o país está a perder os jovens qualificados, não sendo sensato e racional para o país. Algumas entrevistas feitas por videoconferência pelos investigadores, cerca de 1011 entrevistas realizadas, os entrevistados afirmam que o motivo maior para a emigração é o salário.
Os que partiram a pensar em regressar mais tarde desistiram dessa ideia, estes querem ficar de forma permanente no país que os acolheu e deu uma oportunidade de emprego melhor. Embora ainda se afirme que esse fluxo de emigrantes qualificados tenha diminuído, João Teixeira Lopes afirma que os motivos da emigração continuam iguais aos de antes, salarial, estabilidade, progressão de carreira etc… Todas as conclusões deste encontram-se no estudo denominado como o Êxodo de competências e mobilidade académica de Portugal para a Europa.
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