Portugal condenou ataques russos que aconteceram esta manhã em Kyiv

Na manhã de segunda-feira, dia 10 de Outubro, toda a Ucrânia acordou com as sirenes e recebeu ataques de mísseis por parte da Rússia em retaliação à destruição parcial da ponte de Kerch, ponte que liga a Crimeia à Rússia continental. Segundo o porta-voz da força aérea Ucraniana, foram cerca de 85 mísseis disparados pela Rússia para acertar supostamente pontos militares e infraestruturas relevantes, desses 85, 41 mísseis foram destruídos pelas antiaéreas ucranianas. 

Várias cidades ficaram sem electricidade, internet e água. Segundo Putin num vídeo dirigido à Ucrânia e ao Ocidente, o ataque foi reivindicado pela Rússia em resposta à explosão na ponte Kerch. Putin ainda afirma que as ameaças feitas pelo ocidente irão intensificar ainda mais os ataques no território ucraniano. Ainda não se sabe o número exacto de mortos na sequência destes ataques, as autoridades ucranianas ainda estão a apurar, mas falasse de centenas de mortos e feridos.

Várias empresas hoje pararam, inclusive os escritórios da Samsung foram atingidos também, se esconder nas estações do metrô de Kiev foi uma das maneiras de ficar mais protegido durante o dia, relata-se que pelo menos 10 000 pessoas evacuaram a capital ucraniana. Existem vários vídeos dos ataques que atingiram parques, pontes e o centro da cidade de Kiev. Zelensky reuniu-se hoje com a Alemanha e o G7 para preparar uma resposta à Rússia sobre o sucedido. O presidente da Ucrânia e todo o ocidente condenou os ataques da Rússia, Zelensky apelou aos cidadãos para que não saiam de casa, e Portugal ainda confirma que não houve ferimentos ou vítimas de diplomatas portugueses. 

Depois dos ataques Zelensky fala que foram usados mísseis iranianos para além dos 85 mísseis e ainda foram usados 17 drones. Numa altura em que existem rumores de uma escalada para guerra nuclear, este ataque mostra que a Rússia poderá não estar a pensar ainda em usar armamento nuclear. 

Os ataques aconteceram nas maiores cidades da Ucrânia como, Lviv, Odessa, Dnipro, Kiev, Kharkiv entre outras. A Moldávia acusa ainda de mísseis russos, pelo menos 3, terem cruzado o seu espaço aéreo inclusive da Romênia também.

Para além deste ataque as tensões entre a Bielorússia aumentam, sendo que Lukashenko acusa a Ucrânia de poder atacar a qualquer momento o seu território. A guerra parece estar num momento de escalar ainda mais, enquanto as ofensiva ucraniana a cada dia avança na tentativa de recuperar os territórios ocupados pelas forças russas. 

João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, reitera ainda o apoio ao governo ucraniano que defende o seu território das forças russas. Já o governo russo da mesma forma acusa de um acto de terrorismo o ataque a ponte da Crimeia, ponte que é uma das principais rotas de fornecimento militar para as tropas em território ucraniano.

Putin promete intensificar os ataques com mísseis a infraestruturas civis e militares à medida que o ocidente ameaça mais a Rússia, a resposta da Otan foi a promessa de reforçar o apoio à Ucrânia.

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